Biologia das Baratas

biologia das baratas

De modo geral, as baratas sinantrópicas apresentam corpo oval, largo e achatado, cabeça curta e antenas longas e móveis, com função na comunicação, no reconhecimento do parceiro durante o cortejo de acasalamento e nas percepções de odores. Possuem elevada taxa reprodutiva, já que a fêmea é capaz de gerar dezenas de descendentes de uma única cópula com um macho. Esses insetos são, por excelência, onívoros e forrageiam à procura de comida e água durante à noite, devido a maior proteção contra predadores que a ausência de luz pode proporcionar. Esses insetos habitam o interior de fendas e rachaduras, onde encontram abrigo, calor, umidade e acúmulos de sujeira como restos de comida e entulho.

Entre as espécies sinantrópicas mais comuns de interesse médico estão Periplaneta americana, popularmente denominada de barata americana, barata vermelha, barata voadora ou barata de esgoto; a espécie Blatella germanica também conhecida como barata alemãzinha, “francesinha” ou paulistinha e a Blatta orientalis cujo nome popular é barata oriental. A barata americana é a maior espécie doméstica podendo chegar de 4 a 5 cm de comprimento. Ela apresenta uma coloração avermelhada com um bordo amarelo vivo no escudo protetor da cabeça e as asas, no macho, ultrapassam um pouco o comprimento do abdômen, enquanto que das fêmeas possuem o mesmo comprimento do corpo. Já a barata alemãzinha possui altíssima taxa reprodutiva sendo a espécie de maior freqüência nas cozinhas. É um inseto pequeno com comprimento aproximado de 1,5 cm e apresenta duas faixas longitudinais mais escuras no escudo protetor da cabeça. Por sua vez, a barata oriental, bastante comum no Brasil, caracteriza-se por não voar devido ao reduzido tamanho das suas asas. Têm coloração marrom escuro e os machos medem cerca de 3 a 4 cm de comprimento enquanto as fêmeas por volta de 2 a 3 cm. No Brasil, outras baratas domésticas também podem viver e reproduzir-se junto ao ambiente urbano, entretanto com menor freqüência ou em regiões específicas do País.

A presença dessas baratas no ambiente doméstico pode ser determinada pela observação do animal ou por meio das fezes, ovos ou pelo cheiro que exalam. Estima-se que num ambiente infestado com a espécie Blatella germanica (barata alemãzinha) existam aproximadamente 1.000 indivíduos no local. Por isso, a prevenção é a melhor maneira de evitar infestações.

As baratas sinantrópicas adaptaram-se bem ao meio ambiente urbano e convivem de modo desarmônico com a sociedade humana, já que, além do pavor que representam para algumas pessoas, podem carregar consigo patógenos prejudiciais à saúde. Entretanto, vale ressaltar que no seu ambiente natural esses insetos desempenham o papel ecológico de cicladores de nutrientes e de redução da madeira morta, aspectos fundamentais para manutenção da vida no planeta.

Outros Aspectos Biológicos

O sistema nervoso das baratas segue o padrão dos artrópodes com o gânglio cerebral sendo regionalizado e inervando partes determinadas dos olhos, antenas e peças bucais, bem como, glândulas salivares e musculatura. Corpos glandulares e certas células neurosecretoras regulam o crescimento e a metamorfose. Seu sistema respiratório é composto por traquéias, isto é, um complexo de túbulos que se abrem para o exterior através de pequenas aberturas na parede do corpo e que conduzem o oxigênio do ar diretamente às células. O sangue das baratas é denominado de hemolinfa, um fluído, no geral incolor, contendo células especiais para a coagulação, defesa contra microorganismos e substâncias estranhas, cicatrização e distribuição de nutrientes. Tanto as peças bucais como o trato digestivo têm adaptações à dieta alimentar das baratas e o armazenamento, a síntese e regulação de açúcares, gorduras e proteínas são realizadas por um tecido que recobre o tubo digestório.

 

 

Habitat das Baratas

baratas - habitat

As baratas podem viver no ambiente aquático, desértico, silvestre e doméstico. Em relação às espécies sinantrópicas (domésticas), elas costumam abrigar-se em frestas e locais quentes, úmidos e próximos a alimentos como redes de esgoto, porões, armários e gavetas, cozinha e dispensa de alimentos. São insetos residencialistas, já que geralmente saem forragear a procura de comida e retornam para o mesmo local. De modo geral, possuem hábitos noturnos e são lucífugas, ou seja, durante o dia vivem escondidas em recantos escuros.

 
 

Alimentação das Baratas

baratas- alimentação

As baratas sinantrópicas, por excelência, são insetos onívoros, ou seja, se alimentam de substâncias animal, vegetal e matéria morta. Essas espécies vivem próximas a entulhos e acúmulos de sujeira onde procuram por alimentos, preferencialmente, açucarados.

 
 

Reprodução das Baratas

baratas - reprodução

As baratas são insetos ovíparos ou ovovivíparos. Normalmente, seus ovos são depositados dentro de um estojo ou cápsula protetora denominada ooteca, também vulgarmente chamado de “ovo de barata”.

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Prejuízos Causados à Sociedade

barata - prejuízos causados  à sociedade

As baratas apresentam importância econômica, doméstica, médica, ecológica e na pesquisa científica. A importância agrícola é insignificante, já que grandes populações podem roer raízes de algumas plantas comprometendo a absorção de água. Além disso, podem também consumir alimentos estocados e, assim, inutilizar o produto para o comércio e alimentação.

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Mecanismos de Controle

baratas - mecanismos de controle

Antes de se tomar qualquer medida de controle, o monitoramento do local é importante para verificar o nível de infestação, bem como foco e o número de espécies existentes. A inspeção visual e o uso de armadilhas são bons métodos de averiguação e a depender dessa estimativa decide-se a estratégia de controle e a necessidade ou não de intervenção química.

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Dicas

Para prevenir infestações de baratas é preciso evitar o acúmulo de sujeira e resíduos alimentares pela casa. Assim, é aconselhável sempre embalar a comida e manter limpos os cômodos, principalmente a cozinha e a dispensa de alimento. Isso reduz a presença de fezes e fragmentos da exúvias (mudas), que podem causar reações alérgicas se inaladas. Além disso, alimentos expostos, embalagens furadas e migalhas espalhadas pelo chão podem atrair baratas, bem como outros animais sinantrópicos.

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Curiosidades


- Os órgãos pulsáteis das baratas que levam a hemolinfa aos apêndices e asas podem continuar a pulsar por 30 horas
  após decapitação.

- As baratas podem provar venenos com seus palpos, evitando digeri-los e contaminar-se.

 

Perguntas e Respostas sobre as Baratas

- Quais os tipos de barata que encontramos no lar?
As espécies que freqüentemente encontramos dentro das residências são a Periplaneta americana (ou barata americana, de esgoto, cascuda ou voadora), a Blattella germanica (ou barata alemã, francesinha ou baratinha da cozinha), a Blatta orientalis (ou barata oriental) e a Periplaneta autralasiae (barata australiana).

- É verdade que se virarmos uma barata de cabeça para baixo ela morre?
Não. Às vezes pode fingir-se de morta para fugir de seus predadores ou caçadores.

- Porque quando a barata morre ela está virada de cabeça para baixo?
As aberturas dos órgãos respiratórios da barata se encontram na parte ventral do abdômen. Ela vira-se de barriga para cima na tentativa de respirar melhor e se recuperar da ação do veneno.

- Uma dedetização feita por empresas especializadas é melhor do que o uso de produtos encontrados em mercados?
Caso a presença de baratas seja apenas ocasional, os produtos vendidos em mercados ou varejos apresentam bom resultados. No entanto, em caso de infestações maciças, é recomendada a atuação de uma empresa especializada, a qual poderá realizar um controle integrado de insetos conhecidos como “pragas urbanas”, tomando medidas mais adequadas à gravidade da situação.

- As baratas criam resistência com o uso de inseticidas?
As baratas não criam resistência aos inseticidas, mas o uso destes pode ajudar a selecionar entre populações mais e menos sensíveis a estes produtos. As espécies sobreviventes darão origem a linhagens mais resistentes, condição determinada por características genéticas.

- As baratas podem transmitir ou causar doenças ao homem ou aos animais domésticos?
Sim, por freqüentarem locais sujos ou que contenham dejetos, elas podem carregar, sobre o seu corpo diversos agentes nocivos tanto para o homem quanto para outros animais, tais como bactérias, vírus ou parasitas. Além disso, as baratas podem ainda causar reações alérgicas em algumas pessoas.

- Existe outro meio de matar baratas sem o uso de inseticidas?
Elas podem ser mortas com o uso de armadilhas de diversos tipos. Um exemplo é por uso de iscas com gel que contém uma substância atrativa e outra tóxica. Ao serem ingeridas pela barata provocam a sua morte.

- Quais os cuidados que devemos ter para não sermos surpreendidos por uma infestação de barata?
A melhor maneira de evitar infestações é manter limpos, tanto por dentro como por fora, os domicílios ou estabelecimentos comerciais, evitar deixar restos de alimento a mostra e não acumular lixo. Ambientes quentes, úmidos, escuros, sem ventilação e com muitas frestas podem servir como esconderijo ideal para estes insetos.

- As baratas preferem que temperatura?
A maioria das espécies vivem bem sob temperaturas em torno de 30ºC, exceto Blatta orientalis, que são encontradas em locais onde a temperatura ambiente não ultrapasse os 25ºC. A Periplaneta americana é a mais resistente ao calor, sobrevivendo por certo tempo em locais que ultrapassem os 35ºC, tais como motores elétricos.

- Além do lixo, de que mais elas se alimentam?
A barata se alimenta de qualquer tipo de matéria orgânica, incluindo restos de comida, excretas, papéis e fungos.

- A barata “mastiga”? Como é a sua digestão?
A barata não mastiga: ao encontrar um alimento secretam enzimas digestivas que dão início à “digestão” deste recurso alimentar. A “pasta” resultante é engolida e vai percorrer o seu trato digestório para que sejam aproveitados os nutrientes ali presentes.

- De quanto em quanto tempo elas soltam fezes?
Expelem as fezes sempre que se alimentam ou logo após o término da refeição.

- A barata também necessita de água?
Sim, assim como qualquer outro organismo vivo, sua sobrevivência é impossível sem a ingestão de água. No entanto, as espécies domésticas podem ser mais resistentes à escassez de água.

- A barata é um perigo em hospitais?
Sim, a presença de baratas em hospitais é preocupante, devido a sua enorme capacidade de veicular agentes causadores de doenças.

- Existe algum controle preventivo quanto às baratas?
O controle preventivo consiste em tornar o ambiente em que vivemos “desfavorável” à sua sobrevivência como evitar restos de quaisquer materiais, por exemplo, que lhes sirva de alimento, e manter o ambiente limpo e ventilado.

- Quando as baratas surgiram no planeta Terra?
Os registros fósseis indicam que as baratas devam ter surgido no período Carbonífero, há 320 milhões de anos atrás.

- Como as baratas domésticas se reproduzem?
A fêmea libera no ambiente os “feromônios” sexuais (moléculas que se traduzem em um “odor” que atraem os machos). O macho faz a corte e produz substâncias “afrodisíacas”. Desse modo, a fêmea é atraída e a cópula é iniciada pelo macho.

- Por que as baratas se proliferam tão facilmente no ambiente doméstico?
Porque são rápidas, muito férteis e têm hábitos noturnos. Se não a vimos, ficam “livres” para encontrar alimento fácil e se proliferarem sem grandes obstáculos.

 

Biologia das Formigas

biologia das formigas


As formigas vivem em colônias e são divididas em castas, a casta das formigas rainhas, das formigas machos e das formigas fêmeas estéreis. Estas vão se diferenciar pelo tipo de alimento que lhes é fornecido durante toda a fase larval. Tal condição vai acabar por caracterizar as diferenças morfológicas de cada casta. Cada uma delas dura em torno de 15 anos, iniciando no momento em que uma formiga rainha cruza com um macho de casta diferente da sua e reproduz formigas obreiras e, terminando no momento em que a formiga rainha não consegue mais reproduzir.

As formigas são divididas em três tipos:

• Formigas rainhas: possuem asas e podem reproduzir fêmeas. Vivem aproximadamente de quinze a vinte anos.

• Formigas machos: possuem asas e vivem apenas algumas semanas com o único intuito de reproduzir

• Formigas fêmeas estéreis: são as formigas operárias ou obreiras, reproduzem machos sem a necessidade de serem
   fertilizadas. Vivem aproximadamente um ano.

Trabalho

• Obreiras: cuidam da rainha, dos ovos, das larvas e de pupas.

• Cuidadoras da manutenção de ninhos: abrem e fecham as entradas dos ninhos, mantêm estruturas e passagens
   dentro da colônia.

• Patrulheiras: designam os caminhos destinados para o forrageamento.

• Forrageiras: seguem caminhos designados para elas, para acumular comida para a colônia.

• Trabalhadoras de Meio-dia: manejam o lixo, chamado de meio-dia, e que parece ter uma significante relação a como
   as formigas acham sua colônia.

Atribuição de Tarefas

Não existe uma fonte de liderança, diferentemente de como muitas pessoas acreditam. A Rainha está lá apenas para reproduzir e não para controlar a colônia.

Quando ocorrem alterações nas condições na colônia, a ênfase em certo trabalho se altera. Trabalhadores são movidos de uma tarefa para outra dependendo da necessidade. Quando se trata do forrageamento, ao ser o trabalho mais importante, vai ter prioridade ante qualquer outra tarefa. 

 

Pulgas - Histórico

pulga

Chegando pela Península Itálica, em 1348, essa doença afligiu tanto o corpo, quanto o imaginário de populações inteiras que sentiam a mudança dos tempos por meio de uma manifestação física. Assim como a Aids, a peste negra foi considerada por muitos um castigo divino contra os hábitos pecaminosos da sociedade.


O contato humano com a doença desenvolve-se principalmente pela mordida de pulgas ou pela transmissão aérea. Em sua variação bubônica, a bactéria cai na corrente sangüínea, ataca o sistema linfático provocando a morte de diversas células, e cria dolorosos inchaços entre as axilas e a virilha. Com o passar do tempo, esses inchaços, conhecidos como bubões, se espalham por todo corpo. Quando ataca o sistema circulatório, o infectado tem uma expectativa de vida de aproximadamente uma semana.

Além de atacar o sistema linfático, essa doença também pode atingir o homem pelas vias aéreas atacando diretamente o sistema respiratório. Essa segunda versão da doença, conhecida como peste pneumônica, tem um efeito ainda mais devastador e encurta a vida do doente em um ou dois dias. Em outros casos, a peste negra também pode atingir o sistema sangüíneo. Desprovida de todo esse conhecimento científico sobre a doença, a Europa medieval explicava e tratava da doença de formas diversas.

Desconhecendo as origens biológicas da doença, muitos culpavam os grupos sociais marginalizados da Baixa Idade Média por terem trazido a doença à Europa. Alguns registros da época acusavam os judeus, os leprosos e os estrangeiros de terem disseminado os horrores causados pela peste negra. No entanto, as condições de vida e higiene nos ambientes urbanos do século XIV são apontadas como as principais propulsoras da epidemia.

Na época, as cidades medievais agrupavam desordenadamente uma grande quantidade de pessoas. O lixo e o esgoto corriam a céu aberto, atraindo insetos e roedores portadores da peste. Os hábitos de higiene pessoal ofereciam grande risco, pois os banhos não faziam parte da rotina das pessoas. Além disso, os aglomerados urbanos contribuíram enormemente para a rápida proliferação da peste. Ao chegar a uma cidade, a doença se instalava durante um período entre quatro e cinco meses.

Depois de diversas vidas serem tiradas pela doença, esses centros urbanos ficavam abandonados. Os que sobreviviam à doença tinham que, posteriormente, enfrentar a falta de alimentos e a crise sócio-econômica instalada no local. Por isso, muitas cidades tentavam se precaver da epidemia criando locais de quarentena para os infectados, impedindo a chegada de transeuntes (pessoas que andam sem destino) e dificultando o acesso aos perímetros urbanos. Sem muitas opções de tratamento, os doentes se apegavam às orações e rituais que os salvassem da peste negra.

Estudiosos calculam que cerca de um terço de toda população européia teria sucumbido ao terror da peste.

Outra doença relacionada às pulgas e que muito aterrorizou a história humana, principalmente na segunda guerra mundial, foi o tifo. Atingia particularmente os exércitos em campanha e as populações prisionais.
Alguns historiadores acreditam que foi o Tifo a doença misteriosa que atingiu Atenas no século de Péricles (430 a.C), um evento associado ao declínio dessa grande cidade-estado.
Uma das epidemias mais importantes foi aquela que atingiu Napoleão Bonaparte e a sua Grande Armée na sua campanha de invasão da Rússia, em 1812. Durante a retirada das suas tropas após a destruição de Moscou pelos russos, as tropas de Napoleão foram reduzidas de 600.000 a 40.000 mais devido ao Tifo e ao frio que às tropas inimigas.

As medidas higiênicas militares, hoje parte importante da disciplina de todos os exércitos, foram introduzidas pelos franceses em reação à mortalidade pelo Tifo. A obrigatoriedade de raspar a barba e cortar o cabelo rente foi uma medida inicialmente usada nos soldados e visava erradicar as pulgas transportadoras da infecção. Antes de se descobrir que a higiene e a limpeza das roupas reduziam as mortes por tifo, a higiene não era grande preocupação para os oficiais. Devido a estas medidas, durante a primeira guerra mundial na frente ocidental quase não houve mortes por Tifo, enquanto na frente oriental, após a quebra de autoridade que se seguiu à Revolução de Outubro na Rússia Czarista, três milhões de pessoas morreram da doença.

 

pulga

As pulgas convivem com o ser humano há muito tempo. Um momento especial em que esses insetos estiveram presentes na história da humanidade foi durante a idade média, quando houve surto da peste negra, doença responsável por uma das mais trágicas epidemias que assolaram o mundo ocidental. Conforme alguns pesquisadores, a doença é originária das estepes da Mongólia, onde pulgas hospedeiras da bactéria Yersinia pestis infectaram diversos redores que entraram em contato com zonas de habitação humana. Na Ásia, os animais de transporte e as peças de roupa dos comerciantes serviam de abrigo para as pulgas infectadas. O intercâmbio comercial entre o Ocidente e o Oriente, reavivado a partir do século XII, explica a chegada da doença na Europa.

Biologia das Pulgas

pulgas - biologia

Segundo a taxonomia, ciência que trata do estudo, classificação e descrição das espécies, as pulgas são animais pertencentes ao Filo Arthropoda (animais com patas articuladas e exoesqueleto de quitina), Classe Insecta (possuem 3 pares de patas, 1 par de antenas e corpo dividido em cabeça, tórax e abdome), Ordem Siphonaptera (siphon = tubo; áptera = sem asas), com mais de 2.400 espécies conhecidas. No Brasil, já foram identificadas cerca de 56 espécies. Para diferenciar umas espécies das outras, os cientistas se baseiam, principalmente, nas numerosas cerdas presentes na cabeça, atrás das antenas, e nas localizadas próximas à boca.

Hábitos das Pulgas

pulgas - hábitos

As pulgas adultas são hematófagas obrigatórias, ou seja, alimentam-se exclusivamente do sangue retirado de seus hospedeiros, os quais são aves e mamíferos, incluindo os humanos. Devido a essa relação de prejuízo para o hospedeiro (que tem seu sangue sugado) e de vantagem para a pulga (que se alimenta do sangue do hospedeiro, prejudicando-o), este inseto é considerado um parasita, que, por viver na parte externa do corpo do hospedeiro, é chamado de parasita externo ou ectoparasito. Durante a fase larvária possuem hábitos de vida livre.

Algumas espécies apresentam um hospedeiro específico; outras, embora apresentem hospedeiros preferenciais, podem sugar outros animais, daí sua importância na transmissão de doenças.

Espécies mais Importantes e Onde Vivem

pulgas - espécies mais importantes

- Pulex irritans
- Xenopsylla cheopis
- Ctenocephalides canis e Ctenocephalides felis
- Tunga penetrans

pulgas - ciclo de vida

Em seu ciclo de vida, a pulga passa por quatro estágios de desenvolvimento: ovo, larva, pupa e adulto.

O acasalamento geralmente ocorre no hospedeiro, e com apenas um acasalamento inicial a fêmea é capaz de pôr cerca de 500 ovos divididos em várias posturas de seis ovos ou mais. Estes ovos são normalmente depositados no próprio hospedeiro e por não serem pegajosos caem sobre o solo ou sobre outros locais aos quais o homem e/ou outros animais têm acesso.

 

 

Doenças Causadas pelas Pulgas

Doenças Causadas pelas Pulgas

Pulgas são causadoras de doenças

As pulgas de importância em Saúde Pública são:

- Xenopsylla cheopis
- Pulex irritans
- Polygenis tripus e P. bohlsi
- Tunga penetrans


Curiosidades sobre as Pulgas


- O sangue ingerido do hospedeiro normal é digerido mais depressa do que o ingerido dos hospedeiros não usuais.

- A espécie de pulga Pulex irritans é má transmissora de peste bubônica, pois se auto-esteriliza, eliminando facilmente
  a bactéria (Yersinia pestis), causadora de peste bubônica.

- A pulga encontra o hospedeiro através de estímulos visuais, térmicos e olfatórios.

- Uma pulga pularia o equivalente a 42,5m se fosse um homem de 1,70m!

- Para identificação rápida de uma pulga: ao ver um pequeno ponto preto coloque-o num pedaço de papel ou em
  contato com água e a pulga se dissolverá em uma mancha de cor vermelha ou marrom.